Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola; decifrarei o meu enigma ao som da harpa.
Por que temeria eu nos dias da adversidade, ao cercar-me a iniqüidade dos meus perseguidores,
dos que confiam nos seus bens e se gloriam na multidão das suas riquezas?
Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus,
(pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam;)
para que continuasse a viver para sempre, e não visse a cova.
Sim, ele verá que até os sábios morrem, que perecem igualmente o néscio e o estúpido, e deixam a outros os seus bens.
O pensamento íntimo deles é que as suas casas são perpétuas e as suas habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes.
Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem.
Este é o destino dos que confiam em si mesmos; o fim dos que se satisfazem com as suas próprias palavras.
Como ovelhas são arrebanhados ao Seol; a morte os pastoreia; ao romper do dia os retos terão domínio sobre eles; e a sua formosura se consumirá no Seol, que lhes será por habitação.
Mas Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois me receberá.
Não temas quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa aumenta.
Pois, quando morrer, nada levará consigo; a sua glória não descerá após ele.
Ainda que ele, enquanto vivo, se considera feliz e os homens o louvam quando faz o bem a si mesmo,
ele irá ter com a geração de seus pais; eles nunca mais verão a luz
Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem.
Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os que forem mortos pelo Senhor serão muitos.
Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus.
Ouvi, montes, a demanda do Senhor, e vós, fundamentos duradouros da terra; porque o Senhor tem uma demanda com o seu povo e com Israel entrará em juízo.
para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.
Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; livra-nos, e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.
Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a vingança do sangue derramado dos teus servos.
Chegue à tua presença o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço, preserva aqueles que estão condenados à morte.
E aos nossos vizinhos, deita-lhes no regaço, setuplicadamente, a injúria com que te injuriaram, Senhor.
Assim nós, teu povo ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração publicaremos os teus louvores.
Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades;
para privarem da justiça os necessitados, e arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!
Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu quinhão; tornaram em desolado deserto o meu quinhão aprazível.
e vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco;
como entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito, assim entrarei em juízo convosco, diz o Senhor Deus.
Pois não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, aqueles que entesouram nos seus palácios a violência e a destruição.
Ouvi esta palavra, vós, vacas de Basã, que estais no monte de Samária, que oprimis os pobres, que esmagais os necessitados, que dizeis a vossos maridos: Dai cá, e bebamos.
Portanto, visto que pisais o pobre, e dele exigis tributo de trigo, embora tenhais edificado casas de pedras lavradas, não habitareis nelas; e embora tenhais plantado vinhas desejáveis, não bebereis do seu vinho.
para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo?
E cobiçam campos, e os arrebatam, e casas, e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
E disse eu: Ouvi, peço-vos, ó chefes de Jacó, e vós, ó príncipes da casa de Israel: não é a vós que pertence saber a justiça?
A vós que aborreceis o bem, e amais o mal, que arrancais a pele de cima deles, e a carne de cima dos seus ossos,
os que também comeis a carne do meu povo e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis em pedaços como para a panela e como carne dentro do caldeirão.
Ouvi ainda outra parábola: Havia um homem, proprietário, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país.
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.
Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto.
Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas.
Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não são os ricos os que vos oprimem e os que vos arrastam aos tribunais?